Poemas
E O TEU VESTIDO É BRANCO
Tens a cabeça baixa e me olhas:
e o teu vestido é branco,
e um seio aflora de entre as rendas
soltas do teu ombro esquerdo.
A luz me supera; treme,
e te toca os braços nus.
Revejo-te. Tinhas
palavras poucas e breves,
que punham alma
no peso de uma vida
que sabia a circo.
Profunda era a estrada
por onde o vento descia
certas noites de inverno,
e nos despertava estranhos
como na primeira vez.
E LA TUA VESTE È BIANCA Piegato hai il capo e mi guardi; e la tua veste è bianca, e un seno affiora dalla trina sciolta sull’omero sinistro. Mi supera la luce; trema, e tocca le tue braccia nude. Ti rivedo. Parole avevi chiuse e rapide, che mettevano cuore nel peso d’una vita che sapeva di circo. Profonda la strada su cui scendeva il vento certe notti di marzo, e ci svegliava ignoti come la prima volta.
![Salvatore Quasimodo : Poemas](https://static.wixstatic.com/media/8bb6ae_39eeacf41d514c07b3c01b988f33bc7b~mv2.jpg/v1/fill/w_433,h_577,al_c,q_80,enc_auto/8bb6ae_39eeacf41d514c07b3c01b988f33bc7b~mv2.jpg)
Salvatore Quasimodo (20 de agosto de 1901 - 14 de junho de 1968) foi um poeta e tradutor italiano. Quasimodo nasceu em Modica, Sicília. Ele passou sua infância em Roccalumera. Em 1908, sua família mudou-se para Messina, pois seu pai havia sido enviado para ajudar a população local atingida por um terremoto devastador. Em 1919, ele se formou na Faculdade Técnica local. Quasimodo publicou sua primeira coleção, Acque e terre (Waters and Earths) em 1930. Em 1938 publicou Poesie, seguido das traduções de Lirici Greci (Poetas gregos) publicadas em 1939. Em 1946 publicou outra coleção, Giorno dopo giorno (Dia após dia, e depois, La vita non è sogno (A vida não é um sonho), Il falso e il vero verde (O verde falso e verdadeiro) e La terra impareggiabile ( A Terra Incomparável).
Vejo você na terça-feira!
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